domingo, 26 de abril de 2009

desventuras em série, parte 4.

São quase três da manhã, o silêncio se torna chato e eu estou esperando seu beijo de boa noite.
Te vejo lá do céu, imaginando quanto tempo mais vai levar até que eu esteja em casa.
Para um coração ao qual eu possa confiar qualquer coisa, para aquele que eu possa retornar.
Se eu confieasse em você, você me decepcionaria? Se eu dissesse que me importo com você, você se sentiria do mesmo jeito?
Bom, eu espero que entenda que não posso voltar sempre que você chama. Mesmo que eu mantenha nossa música no repeat ou que esteja te abraçando em meus sonhos. Não se preocupe com quem eu estiver ou com o que eu faço, porque eu entendo que estou apaixonado por você.
Mas caramba, isso não pode estar acontecendo de novo. Aconteceu há tempos atrás e agora eu estou (preciso) interessado em homens maiores e melhores.
Queria poder parar de pensar nele, mas eu realmente gosto do T.O.N.Y. Ele não é só um carinha regular. Na verdade... A outra noite...
Pensei que seria melhor ficar em você. Machucaria, mas iria curar ao mesmo tempo. Não sabia que realmente te amava, então vou sorrir, porque eu também mereço. Se eu estiver sonhando, não quero nunca ferir seus sentimentos.
Como se eu voltasse querendo mais. De novo e de novo.
Eu era inocente. Seu amor era como doce. Artificialmente suave. Iludido pela embalagem, estive preso na sua teia. E então, aprendi a sangrar.
A vida é misteriosa. Todos devem estar distante. Ouço você chamar meu nome e me sinto como se estivesse em casa.
Não chore por mim. Se você me amasse, deveria estar aqui comigo.
Mas eu te amo, Porgy. Não o deixe me levar. Não o deixe me segurar com suas mãos quentes.
Me desculpe, primeiro amor. Mas eu estou cansado. Preciso fugir pra sentir de novo. Não se aproxime para me fazer mudar de ideia.
Apenas pegue suas coisas. Eu já me decidi por você.
Porque da primeira vez que você me deixou, eu não sabia o que fazer. Nunca estive por minha conta daquele jeito. Estava perdido. Porém, com a ajuda dos meus amigos, achei uma luz no fim do túnel. Agora você me liga no celular, me chamando para conversar. Mas é só porque você se sente só. Foi aí a primeira vez que te vi chorar e eu sorri. Apenas sorri.
Acho que cometi um grande erro, porque uma vez eu me afastei. Mas te amo desde o dia em que nos separamos. Agora tudo está desmoronando.
Nós pertencemos um ao outro agora. Sempre unidos de alguma forma, de novo. Você tem um pedaço de mim. E, honestamente, minha vida seria uma droga sem você.
Estive cego? Pela primeira vez na minha vida, sinto como se tivesse aberto os olhos.
Como se você fosse uma droga. Um demônio que não posso enfrentar. É como se eu estivesse fugindo de ti o tempo todo. Não consigo respirar. Não consigo ver nada além de você. Estou viciado.
Acredita que podemos mudar o mundo? Acredita que posso te fazer se sentir melhor?
Como uma canção em meu coração. Honra por te amar.
Could you be my american boy?
Quero ter a sua voz no meu ouvido até a minha mãe me disser que já é tarde.
E com tudo isso, eu esqueci de dizer em voz alta o quão bonito você é pra mim. Eu precido de você. Me desculpe.
Meus braços estão ficando cansados. Mas estou perdido no sonho, preciso que você me abrace. Tenho medo de ficar sozinho.
Sinto que preciso estar nos braços do meu amor. Porque ele sabe que é o meu mau hábito, e que estou tentando não amá-lo do jeito que amo.
Sentado aqui no escuro, desejando que você estivesse comigo, me deixa maluco.
Nem acredito que você se foi. Enfim, eles podem tirar o futuro que nunca conheceremos, ou os corações partidos. Podem levar tudo. Levem pra longe. Mas nunca poderão nos tirar o ontem.
Se eu tivesse apenas mais uma chance de te olhar e te ver olhando de volta, diria o quanto senti sua falta desde que você se foi.
Achei um cara que parecia com você. Não tinha ideia do que fazer depois.
Mas se seu coração estiver fechado e você não conseguir achar a chave, descanse sua cabeça em meu ombro e eu serei sua segurança.
Sei que não parece tão justo. Mas eu te aviso quando finalmente estiver em casa. Vamos ver como as coisas ficarão.
Permaceça apaixonado por mim.
Mas droga, devo desistir ou continuar seguindo pavimentos? Bom, mesmo que não leve a lugar nenhum.
Não há mais nada que eu possa dizer ou fazer para te fazer ver o que você significa pra mim. Mas serei tudo o que você quer. Toda a minha vida, estarei contigo para sempre.
And I love you, I swear.


Edição especial das desventuras em série. Uma carta de indiretas para meus amantes, com todas as músicas que têm significados especiais na minha (nossa) vida. Tenho certeza de que muitos (ou só dois) irão reconhecer algo aí.

cosmic journey, i will be, chasing pavements, lithium, without you, my life would suck without you, bad habit, better in time, crazy for you, i love you, porgy, first love, t.o.n.y, the name of the game, i turn to you, who'd have known, call me when you're sober, addicted, smile, get together, you'll find a way, understand, chinese e mais um monte.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

from gossip girl, the grandfather.

"Descobri que não podemos arrancar uma única página da nossa vida. Podemos jogar o livro inteiro no fogo."

Blair Waldorf, George Sand.

domingo, 19 de abril de 2009

de repente 18.

> O que você faria se acordasse e já estivesse com 30 anos? Claro que não tem naaaaada a ver com minha idade, vejam bem! hehehehe! Mas depois de uma pauta sobre passado, vamos direto para o futuro! Quero saber o que vocês acham que seria (ou não!) legal nessa idade. Como vocês se veem? Como acham que vão estar? Qual a pior parte de, enfim, crescer e chegar na fase da vida onde muita gente espera tanto de você?

Antes de começar, melhor responder a pergunta: surtaria.
Pronto, agora já posso falar.
Quando fiz 17 anos, tive uma pequena crise de idade (normal, né). Mas as pessoas podem se perguntar: “17 anos é tão pouco para quem chegou aos 30. Esse garoto tem algum problema?”. Respondendo outra vez: sim.
Explain yourself.
É fato que quanto mais maduros ficamos (me recuso a usar a palavra “velho”), as responsabilidades também evoluem. E muitas vezes não estamos tão aptos a segurar toda essa pressão. Então vem a analogia. Se com 17 anos eu já estou tendo crises, imagina só com 30!
Minhas únicas responsabilidades naquela época eram o colégio e um trabalho de meio turno. Nossa, aquilo já me tirava o sono. Com 30, seria dez vezes pior. Trabalho, contas, chefe, relacionamentos amorosos, festas, amigos chatos e mais um monte de coisa que não consigo imaginar porque não cheguei aos 30 (ainda)!
Odiaria pular tantos anos da minha vida. Anos esses que trariam a experiência que me capacitaria melhor ao chegar naquela idade.
Se bem que com a maturidade vêm alguns benefícios. E eu não consigo pensar em um melhor que respeitos (ah, reconhecimento também). Ser respeitado pelo seu trabalho e caráter deve ser incrível. Porém, isso é algo que vem com o passar dos anos (naturalmente. Sem pulos de anos, por favor). E agora, prestes a alcançar a maioridade, cá estou novamente pronto para mais uma evolução na minha vida.
Que a força esteja comigo.


After a while, the Caterpillar asks - Who are you?
Alice is quite confused, but she tries to answer: - I don't know... I'm always changing grom bit to small to big again.
- How? - the Caterpillar asks- Explain yourself.
- Well, I can't explain myself, because I'm not myself, you see.
- I. Don't. See. - says the Caterpillar.

direto do túnel do tempo

> O que você faria se pudesse voltar ao passado?


Um dos maiores sonhos da humanidade: a capacidade de voltar no tempo. Quem nunca cometeu uma grande besteira e desejou de todo coração voltar alguns minutos (horas, dias, semanas, meses...) e reparar um erro?
Bom, mas errar é humano. Então talvez as pessoas não devessem se preocupar tanto com o que já aconteceu e se empenhar mais nas ações futuras, para que não haja mais falhas.
Muitos queriam poder rever pessoas amadas. Outros, não terem dito palavras que machucou alguém especial. Mas quanto a mim, particularmente, queria poder ser espectador no meu passado. Viajando através dos anos, analisando minhas ações e as pessoas que já passaram pela minha vida. Seria como uma grande análise, de onde eu seria capaz de perceber todos os meus erros, acertos e hesitações.
Como todos, cometi erros gigantes e sinto vergonha de muita coisa que fiz e disse. Também me arrependo de todas as vezes que machuquei pessoas que amo. Mas se pudesse voltar ao passado, não mudaria nada. Porque foram todos os erros, acertos e hesitações que me transformaram no que sou e me deram tudo o que possuo hoje.


just back in the day.

desventuras em série, terceira parte.

16/04

Ficar com todo esse tempo livre para pensar não tem me ajudado tanto quanto eu esperava. Na verdade, esse tempo está fazendo com que meus sentimentos fiquem confusos. É como se eu estivesse vendo TV com uma sintonia ruim. Não há foco, nem perspectiva de mudanças futuras.
Penso em todas as pessoas que amo, nas que amei e nas que gostaria de amar. E eu me sinto meio esquisito por desejar pessoas que outrora achava ter esquecido. Como se eu estivesse errado (like always). Ok, não tão errado, uma vez que eu imaginava que essa decisão não era tão absoluta, afinal de contas.
Mas o que acontece com a outra pessoa que amo? Eu sei que não sou capaz de suportar sentimentos tão diferentes por pessoas de diferença equivalente. Bom, talvez eu não os mereça. E no final das contas eu deva ficar sozinho. E isso não me parece tão injusto. Não que eu tenha causado dor a alguém por causa disso. Porém, a solução da equação parecer estar comigo, já que as outras pessoas não parecem ter consciência dos meus sentimentos.

nota: tenho pensado bastante no Daniel.